Texto de: Janine Regina Mogendorff
Teve início em 1923, caracterizado
como um Instituto de Pesquisas Sociais e vinculado a Universidade de Frankfurt.
Os nomes mais conhecidos eram o de T. W. Adorno, M. Horkheimer, E. From e H. Marcuse.
Apesar de teoricamente marxista, um novo projeto conhecido como teoria crítica
surgiu de forma contundente.
Havia uma predisposição e grande
identificação da população com as teorias socialistas e comunistas, logo as
portas foram abertas para o ensino do marxismo e do movimento operário. Em 1933
o Instituto foi fechado por questões políticas e ainda no mesmo ano foi
reaberto agora na cidade de Genebra na Suíça e em 1934 foi transferido para
Nova York-EUA.
Fundamentada em Marx, Freud
e Nietzsche, a teoria crítica foi se desenvolvendo incialmente com a crítica ao
desenvolvimento industrial cultural. Em 1960 surge a designação “Escola de
Frankfurt”, e todos os seus pensadores eram múltiplos, ligados a diversas áreas
do saber; não demorou muito e perceberam a crescente importância dos fenômenos de
mídia e da cultura de mercado na formação do modo de vida contemporâneo.
Em 1944, Horkheimer e Adorno lançaram uma obra que
em sua essência gostaria de saber por que a humanidade mergulhava num novo tipo
de barbárie em vez de chegar a um estado autenticamente humano, referindo-se
aos novos comportamentos de consumo geral da época; foi possível identificar um
ataque feroz a satisfação dos desejos até então evidenciados pelo comportamento
humano.
Para os frankfurtianos, o fato de que o mercado vai
apontar quais são os valores culturais que precisam ser “adquiridos”, determina
falsamente a ideia de satisfação.
Para Adorno e Benjamin, tudo aquilo que vai ao
encontro do presente e possibilita mudança é considerado atualidade. Adorno
afirma que a cultura de mercado seria nada mais do que uma forma de controle
social. Em suam, Adorno propunha um olhar sempre crítico sobre os fenômenos da
indústria cultural, e por vezes não lhe foram poupadas as críticas por se
alegar descontextualização de sua parte juntamente com a Escola de Frankfurt.
Os frankfurtianos teve em Umberto Eco, um de seus
mais implacáveis críticos; Eco caracterizava os frankfurtianos como
apocalípticos, os acusava de difundirem conceitos-fetiche. Eco afirma que o
grande erro dos frankfurtianos é pensar que a cultura de massa seja
radicalmente má, justamente por ser um fato industrial. Um outro autor vai
ainda mais longe em sua crítica a Escola de Frankfurt, J. M. Barbero a associa
ao nazismo justo pela sua performance radical motivada pelos seus pensadores.
Apesar das fortes críticas sofridas especialmente
nas décadas de 70, 80 e 90, Rüdiger acredita que tudo não passava de um falso
entendimento dos críticos da Escola de Frankfurt, pois eles não eram contra a
cultura popular nem a tecnologia, mas sim ao sistema.
Nenhum comentário:
Postar um comentário