sexta-feira, 8 de março de 2019

SÍNTESE do TEXTO: A Escola de Frankfurt


Texto de: Janine Regina Mogendorff


Teve início em 1923, caracterizado como um Instituto de Pesquisas Sociais e vinculado a Universidade de Frankfurt. Os nomes mais conhecidos eram o de T. W. Adorno, M. Horkheimer, E. From e H. Marcuse. Apesar de teoricamente marxista, um novo projeto conhecido como teoria crítica surgiu de forma contundente.

Havia uma predisposição e grande identificação da população com as teorias socialistas e comunistas, logo as portas foram abertas para o ensino do marxismo e do movimento operário. Em 1933 o Instituto foi fechado por questões políticas e ainda no mesmo ano foi reaberto agora na cidade de Genebra na Suíça e em 1934 foi transferido para Nova York-EUA.

Fundamentada em Marx, Freud e Nietzsche, a teoria crítica foi se desenvolvendo incialmente com a crítica ao desenvolvimento industrial cultural. Em 1960 surge a designação “Escola de Frankfurt”, e todos os seus pensadores eram múltiplos, ligados a diversas áreas do saber; não demorou muito e perceberam a crescente importância dos fenômenos de mídia e da cultura de mercado na formação do modo de vida contemporâneo.

Em 1944, Horkheimer e Adorno lançaram uma obra que em sua essência gostaria de saber por que a humanidade mergulhava num novo tipo de barbárie em vez de chegar a um estado autenticamente humano, referindo-se aos novos comportamentos de consumo geral da época; foi possível identificar um ataque feroz a satisfação dos desejos até então evidenciados pelo comportamento humano.

Para os frankfurtianos, o fato de que o mercado vai apontar quais são os valores culturais que precisam ser “adquiridos”, determina falsamente a ideia de satisfação.

Para Adorno e Benjamin, tudo aquilo que vai ao encontro do presente e possibilita mudança é considerado atualidade. Adorno afirma que a cultura de mercado seria nada mais do que uma forma de controle social. Em suam, Adorno propunha um olhar sempre crítico sobre os fenômenos da indústria cultural, e por vezes não lhe foram poupadas as críticas por se alegar descontextualização de sua parte juntamente com a Escola de Frankfurt.

Os frankfurtianos teve em Umberto Eco, um de seus mais implacáveis críticos; Eco caracterizava os frankfurtianos como apocalípticos, os acusava de difundirem conceitos-fetiche. Eco afirma que o grande erro dos frankfurtianos é pensar que a cultura de massa seja radicalmente má, justamente por ser um fato industrial. Um outro autor vai ainda mais longe em sua crítica a Escola de Frankfurt, J. M. Barbero a associa ao nazismo justo pela sua performance radical motivada pelos seus pensadores.

Apesar das fortes críticas sofridas especialmente nas décadas de 70, 80 e 90, Rüdiger acredita que tudo não passava de um falso entendimento dos críticos da Escola de Frankfurt, pois eles não eram contra a cultura popular nem a tecnologia, mas sim ao sistema.

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