domingo, 24 de fevereiro de 2019

SÍNTESE do TEXTO: Positivism The March Of Science


Texto de: Michael Crotty


O positivismo teve em Auguste Comte um de seus popularizadores. Quando o positivismo se utiliza do termo natural está se referindo a tudo aquilo que é derivado da natureza das coisas. No tocante a ideia de religião positiva pode se concluir que a mesma não pode ser alcançada, estamos falando de ‘um dado’. A luz da ideia da lei natural, pode-se considerar uma ação como errada por conta da sua própria natureza. Quanto a uma ação considerada ilícita no contexto da lei positiva, vale considerar que não é errada em si mesmo, mas porque é proibida.

A ciência cientifica não é obtida especulativamente, seu alicerce é algo que chamamos de postulado, fala-se de experiência, abrir mão de um raciocínio abstrato e se apegar ao estudo rigoroso dos dados. Na visão positivista o que sempre irá prevalecer é o método cientifico.

Entre 1817 e 1824, Comte se associou a Henri de Saint-Simon e abraçou sua concepção de que a sociedade necessitava ser reconstruída no tocante a compreensão intelectual, visando uma sociedade estável e equitativa para desenvolver uma ciência social válida e abrangente. Pode-se considerar que Comte era um fanático pela ideia de bem-estar da sociedade em que vivia. Almejava substituir os raciocínios filosóficos religiosos por uma ciência completamente positiva. Visando uma sociedade justa ele conclamou toda a sociedade a se tornarem positivista por meio de uma cosmovisão bem elaborada.

Para conte uma mente só pode funcionar em sua plenitude por meio dos métodos científicos, ou seja, independente do contexto em que se empregue a ciência, haverá homogeneidade. Não importa se nas ciências naturais ou humanas, o método cientifico é capaz de manter as características essenciais. O método quantitativo é uma característica preponderante do positivismo de Comte, no entanto o mesmo faz algumas ressalvas para o uso excessivo da matemática, basta considerar que o método pode ser aplicado indevidamente. Ele reconhece que a consciência humana é determinada pelo social. Pode-se concluir então que aqui há uma interdependência.

Não importa se estamos na natureza ou na sociedade, a busca das leis são condições sine qua non para a ciência positiva.

O positivismo lógico teve um grande desafio liderado pelo Círculo de Viena que foi introduzir os métodos das ciências naturais na prática das ciências sociais. Eles aparentemente possuíam material humano para isso, como alguns filósofos empiristas; indivíduos com grande conhecimento no campo da matemática e da lógica. Em uma ação coletiva e sistemática eles concluíram que deveriam excluir a metafisica, a teologia e a ética do domínio do conhecimento humano garantido, ou seja, todo conhecimento genuíno passava pela ciência. O princípio de verificação estabeleceu que para que uma declaração pudesse ser significativa teria que passar pelo processo de verificação.

Para os positivistas, experiências significam dados dos sentidos. O que é experimentado por meio dos sentidos é o conhecimento verificado. O papel da ciência é estabelecer os fatos, essa é a preocupação, resta a filosofia esclarecer e analisar as proposições oriundas das descobertas cientificas.

É notória uma relação de amor entre os positivistas lógicos e a ciência que visa otimistamente o progresso a nível global. Para eles o conhecimento cientifico é preciso e certo, logo temos um contraste com opiniões, crenças, sentimentos e suposições oriundas do não cientifico, poderíamos dizer que é uma rejeição a subjetividade. O positivismo é objetivista por completo.

O pós-positivismo irá trazer consigo uma forma digamos mais atenuada do positivismo, é aquele que fala de probabilidade e não de certeza. Nomes como Heisenberg e Bohr levantaram hipóteses aonde a ciência se mostra incapaz de elaborar determinações com precisão. Estes estudos apontam que há uma certa contradição na prática cientifica. Para Popper as verdades cientificas são meramente verdades provisórias, aberta a refutação e experimentos e todo esforço para provar que as teorias cientificas estão erradas tendem a validar sua fundamentação.

Os estudos de Kuhn lançam um novo olhar sobre a proposta cientifica do positivismo, ou seja, Kuhn propõe que não é impossível que surja um momento em que se faz necessário uma mudança de paradigma. Podem surgir anomalias, e a natureza pode de alguma forma violar as expectativas induzidas pelo paradigma, surge um momento de crise, logo é hora de mudar de paradigma. Kuhn considera que a história da ciência não é uma história de avanços constantes; ele acredita que a ciência não é um “jardim fechado”.

Feyerabend irá descrever o processo cientifico como “anárquico”, defendendo a tese de que o progresso nesse campo se deve em grande parte por esta postura. No entanto questiona qual de fato é o papel da razão da ciência e como ela é realmente entendida.

O fato é que para Popper, Kuhn e Feyerabend, fica evidente os resultados de uma pesquisa não são totalmente objetivos e nem inquestionavelmente corretos. Eles podem estar em níveis acima das concepções subjetivas, mas não são absolutos, são provisórios e qualificáveis.

Essa é a característica do pós-positivismo, uma versão mais humilde da abordagem positivista, sem a necessidade de reivindicar uma posição privilegiada epistemológica e metafisicamente.

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