domingo, 24 de fevereiro de 2019

SÍNTESE do TEXTO: Phenomenological Research


Texto de: John W. Creswell



Um estudo fenomenológico concentra-se em diagnosticar tudo o que é comum entre os fenômenos extraídos das experiências dos indivíduos, visando compreender a natureza das coisas. Com os dados coletados em mãos, se propõe elaborar uma descrição assertiva para melhor compreensão dos fatos.
A fenomenologia está enraizada na filosofia, com significativa relação com a área de ciências sociais, saúde e educação. Há uma considerada fatia de abstração em sua proposta.

Escritores como Husserl, Moustakas, Stewart, Mickunas e Manen, consideram ser relevante o uso da fenomenologia no contexto das experiências vividas. Stewart e Mickunas apontam quatro perspectivas filosóficas da fenomenologia:

O abandono do que ficou conhecido como cientificismo, e uma aproximação maior da concepção grega da filosofia como busca pela sabedoria.

A suspensão dos prejuízos e distanciar-se dos pressupostos, ou seja, tomar como bussola o elemento denominado “atitude natural”.

A desvinculação da intencionalidade da consciência.

A busca do significado da experiência com base em uma relação não dicotômica, mas inserida dentro da realidade.

A fenomenologia hermenêutica é um processo interpretativo que foca na experiência da vida, ou seja, no que se chama de “textos” da vida; em síntese, seus fenômenos. Já a fenomenologia empírica irá se concentrar nas descrições das experiências dos participantes, onde se recomenda que o pesquisador se esvazie de suas experiências e pressupostos para melhor compreensão do fenômeno em análise. Um outro ponto desta mesma análise é a estratégia de se reduzir as informações coletadas em citações e combinar as declarações em temas.

A luz da abordagem de Moustakas (1994), quando se trata de compreender as experiências comuns dos indivíduos, se faz necessário examinar se o uso da abordagem fenomenológica é o melhor caminho. Alguns fenômenos oferecem maior quantidade de exemplos para ser estudado do que outros, é importante saber identificar. Os pesquisadores precisam interagir evidenciando suas próprias experiências para alcançar melhor absorção dos detalhes dos fenômenos. A coleta de dados é direcionada e variada, mas com profundidade, sendo no campo da entrevista, conversas gravadas, filmes, periódicos, etc. Podem ser feitas perguntas abertas, mas essencialmente se faz necessário perguntar sobre o que se experimentou no tocante ao fenômeno, e o contexto no qual se obteve as experiências. São basicamente duas etapas, a primeira consiste basicamente em analisar os dados para se alcançar a compreensão de qual foi a experiência dos participantes diante do fenômeno, e a segunda seria fazer um levantamento dos significados. Com esses dados em mãos se pode descrever o que eles experimentaram; se pode fazer uma descrição do fenômeno, e por fim os pesquisadores podem descrever suas próprias experiências. Ao fim é possível ao pesquisador descrever a essência do fenômeno oriundas das experiências comuns dos participantes, e é possível entender melhor como alguém experimenta um fenômeno.

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