Fonte: BERSCH, Rita. Introdução à Tecnologia Assistiva. Assistiva.Tecnologia e Educação, Porto Alegre, RS: 2017.
Esta
semana eu fiz duas grandes e significativas descobertas, a primeira foi sobre a
diferença entre “solidão” e “solitude”, ou seja, percebi que sempre me
confundia na hora de aplicar a palavra solidão para determinados contextos que
na realidade se requeria ou se referia a “solitude”, e que ambas estão
praticamente em sentidos opostos apesar de se utilizarem do mesmo “ambiente/situação”;
mas enfim não é o caso da minha proposta reflexiva, portanto não gastarei mais
tempo para conceituar ou descrever detalhes a respeito, o que quero é afirmar
que a vida é uma constante descoberta. A segunda descoberta foi a respeito do
objeto de reflexão desta reação, isto é, “tecnologia assistiva”, até então já
havia presenciado situações e visto nas mídias algo relacionado, mas não tinha
um conhecimento teórico a respeito.
Notem
que em um determinado ponto do parágrafo anterior me refiro e vida como “uma
constante descoberta”, desta forma, meu ponto de partida nesta reação é
justamente esse movimento inerente a vida humana. Veja, em meu entendimento nenhum
ser humano veio ao mundo, a despeito da situação física e ou cognitiva, para ser
ou estar limitado ao que física ou cognitivamente a vida lhe impôs por alguma
razão natural ou situacional intencional, ou talvez uma variável incontrolável.
Incontestavelmente a dignidade é para todos, e o potencial da tecnologia
assistiva neste contexto é expressivo.
A
sensação de realização move a vida humana, me recordo de inúmeros casos
pessoais desde minha infância até o dia de hoje, onde pude indescritivelmente
sentir-me feliz e realizado por alcançar determinados objetivos de um simples
check-list de tarefas, ou seja, ter a sensação de que podemos alcançar algo
mesmo estando limitados física ou cognitivamente é estupendo.
Aquilo
que é impossível para alguém com deficiência, torna-se possível por meio das
tecnologias assistivas e naturalmente um novo mundo se apresenta para os que
até então foram limitados pela falta da tecnologia em si ou até mesmo pela
falta de interesse dos que lhes rodeiam. Sim, vejo uma infinidade de
possibilidades de proporcionar dignidade por meio dos recursos da tecnologia
assistiva aos que estão limitados por uma deficiência, mas vejo também vejo um
universo de impossibilidades quando me omito de ser o condutor, a ponte que
ligará o necessitado a sua realização pessoal. A tecnologia está aí para
transpor os limites mais complexos, mas a disposição humana dos que estão em
melhores condições de que outros é uma condição sine qua non para que haja
materialidade.
Independência,
qualidade de vida e inclusão social são possíveis sempre que nos propomos a sair
da nossa zona de conforto e, como auxilio podemos dizer que hoje temos a tecnologia
assertiva para fazer frente a esta grande obra de emancipação dos que possuem
uma deficiência que os limitam em seu processo desenvolvimento físico,
intelectual e social.

É incrível como muitas coisas estão a nosso redor, mas pouco paramos para conhecê-las, compreendê-las, entender suas relações, potencialidades, limites, necessidades... Por isso, o conhecimento e a educação são fundamentais para estarmos e vivermos em sociedade, como sujeito atuante, crítico, propositor.
ResponderExcluirHola Cassiano! Tú artículo respecto a este tema me parece bastante lindo ya que partes de una línea de empatía con el sujeto, en este caso el discapacitado. Prácticamente te colocas en el lugar de él para hacer un análisis sobre el tema. Me gusto mucho. Y al igual que tú concierto que existe un punto en el que la parte económica (mercantil) que en este caso llamas material, juega un papel muy importante dejando brechas bastante amplias entre lo posible y lo imposible. Saludos!! PATRICIA
ResponderExcluir